O seu cérebro tem duas formas de ver e analisar o mundo. Com o avanço da neurociência foi mapeado que o cérebro tem o modo difuso e o modo focado de pensar.
O modo focado é quando estamos prestando atenção em algo específico. Isso acontence quando estamos resolvendo um problema de matemática ou assistindo a uma aula, por exemplo. Nesses casos, você está usando partes específicas do seu cérebro. Esse modo é essencial para quando estamos aprendendo algo novo. Ele vai nos ajudar a criar novas trilhas mentais e estabelecer novas conexões neurais.
Por outro lado, o modo difuso entra em cena quando sua mente está relaxada e livre de preocupações. É o estado em que você se encontra ao sonhar acordado ou rabiscar por diversão. Esse modo utiliza diferentes áreas do cérebro e é crucial para a criatividade. Ele permite que você faça conexões inovadoras entre ideias, muitas vezes levando a soluções criativas para problemas complexos.
Para entender melhor esses modos, pense no cérebro como uma mesa de pinball. No modo focado, os amortecedores estão próximos, e a bola (seus pensamentos) quica rapidamente em uma área restrita. Já no modo difuso, os amortecedores estão mais distantes, permitindo que a bola viaje livremente, explorando novas possibilidades. Essa alternância entre os modos é vital para um aprendizado eficaz.
Alternar entre o modo focado e o modo difuso é fundamental para maximizar o aprendizado. Quando você precisa se concentrar, basta direcionar sua atenção para a tarefa. Mas, para entrar no modo difuso, é importante relaxar e deixar a mente vagar. Atividades como caminhar, olhar pela janela, tomar banho ou até mesmo dormir podem ajudar a ativar esse estado mental criativo.
Para aqueles com TDAH, o modo focado pode apresentar alguns “buracos extras”, que, embora exijam um esforço maior para manter a concentração, também podem aumentar a criatividade. Isso significa que, apesar dos desafios, essas pessoas podem ser naturalmente mais criativas.
Vamos colocar isso em prática com um desafio simples: use as mesmas moedas para formar um novo triângulo que aponte para baixo, movendo apenas três moedas. A dica é relaxar a mente para facilitar a solução. Muitas vezes, a resposta vem quando menos esperamos, especialmente quando não estamos focando diretamente no problema.
Entender e utilizar esses dois modos de pensamento pode transformar a maneira como você aprende e resolve problemas. Experimente alternar entre eles e descubra como isso pode enriquecer sua criatividade e eficiência no dia a dia.
OAKLEY, Barbara. Aprendendo a aprender: como a neurociência da motivação pode ajudá-lo a se tornar um especialista em matemática, ciências e qualquer outra coisa. São Paulo: Penso, 2018.
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