Quais são as etapas do estudo ativo? As etapas são: primeiro, ter contato com a matéria. O que estou vendo ali são coisas novas que ainda não domino. Então, primeiro é o contato com a matéria, depois entender a matéria. Depois desse primeiro contato, em seguida, gero meu próprio material e, depois, fixo o conteúdo.
O pulo do gato aqui, por incrível que pareça, é gerar o próprio material. Durante o estudo, você precisa digerir a matéria que está vendo, e isso é feito com apoio dessas ferramentas para gerar seu próprio material de estudo: um resumo, um mapa mental, vamos ver alguns exemplos. O que acontece se você não gera seu próprio material de estudo? Quando precisar rever, você precisa voltar no original, entrar no PDF, assistir à aula toda de novo para achar o conteúdo que quer.
Isso torna o estudo muito lento, muito pesado e não gera interação. Todas essas ferramentas para gerar material com suas próprias palavras, com suas imagens, são para fazer você sair da passividade e pensar sobre o que está estudando. Então, o grande pulo do gato é gerar material enquanto estuda e depois fixar o conteúdo. Porque mesmo que eu entenda e gere esse material próprio, preciso ter algumas sessões de fixação, porque a memória é muito difícil nesse ponto. Se não recordo, se não faço revisão, se não uso aquele material, vou esquecer, ele vai sair da minha cabeça, e não é isso que queremos.
Então, aqui estão as quatro etapas do estudo ativo: contato com o material, entender, gerar o meu material de estudo e depois fixar o conteúdo. Cuidado, porque muita gente quer pular a parte de entender a matéria. Tem gente que quer aprender sem entender. Às vezes, lê um negócio e não faz aquele esforço, já quer partir logo para gerar o material, já quer fazer um desenho, aquele cartão que viu, aquela técnica, e nem sabe o que vai por lá ainda. Cada etapa é fundamental para que você tenha sucesso nos seus estudos.
Vamos dar uma olhada em cada uma então. O primeiro é ter contato com a matéria: leituras, áudios, vídeos, enfim, o meio, a mídia que tiver disponível ou que tiver mais facilidade. Tem gente que é mais visual, vai ter que ler. Tem gente que é cinestésico, que precisa tocar, precisa escrever a coisa para entender. Cada um tem seu jeito.
Tem pessoas que, com áudio, conseguem absorver tudo. Eu, por exemplo, sou mais de leitura. Tem gente que é mais de vídeo, vê o vídeo e consegue absorver muito mais porque é visual. O vídeo tem o áudio também. No geral, quanto mais sentidos utilizamos quando estudamos, melhor para lembrar depois, para fixar.
Então, vou em contato com o material e a escolha do tipo de material, se tiver condições, pode levar em consideração as nossas facilidades. E o que vou fazer? Vou fazer aquele primeiro estudo. Esse é o primeiro, não é o único. É muito difícil entender tudo de uma vez só.
E você fala: “Mas eu tenho um livro muito grande para ler, meu Deus, vou passar o resto da vida lendo esse livro”. O que você faz? Esse livro tem tudo que você precisa? O que você precisa aprender está nesse livro? Então, gaste tempo nesse livro. Outro erro que temos é ficar pegando material demais, achando que o material não tinha o conteúdo, e na verdade, como não fez um estudo ativo de qualidade, fez tudo muito passivo, não absorveu tudo.
Às vezes, se estudasse bem um livro só, o negócio resolvia seu problema no trabalho. Mas ficamos na ânsia de terminar esse livro porque queremos ler outro, mas não precisamos. Precisamos absorver o que está lá. Então, você tem uma etapa que é ter contato com a matéria, montar uma visão geral na sua cabeça, saber mais ou menos o que aquele assunto fala. Relacionar ele com outras coisas que tem na cabeça, quando vai procurar os autores, às vezes quando escolhe o material próprio, mais autodidata.
Esse contato com a matéria é esse momento também onde vai escolher o material de estudo. Então, uma coisa é se situar na vida em relação ao que vai estudar. Essa é a primeira etapa, certo? Depois disso, vamos nos debruçar para entender a matéria. Vou entender o que estou lendo, estudando, vendo naquele vídeo.
É muito comum que precise fazer pesquisas. Hoje em dia, é muito fácil, desde que tome cuidado com as fontes. Também damos uma olhada nisso no curso. É muito fácil encontrar material. Então, pesquisar, né?
Lembro quando era enciclopédia, que tínhamos que ir lá na enciclopédia ver. Hoje em dia, você põe no Google, sai na Wikipédia, o negócio é uma facilidade danada, desde que tome cuidado com as fontes. Então, quando vai entender a matéria, se debruça, é onde começa a juntar as peças realmente na cabeça e começar a absorver aquele conhecimento.
O estudo ativo precisa ser feito através de uma leitura inteligente. Também abordamos as técnicas de leitura ativa dentro do curso e um esforço pessoal. Isso aqui eu queria destacar um pouco porque, assim como temos muita facilidade de encontrar material, o que fazemos? “Ah, não estou entendendo isso, vou procurar um resumo.” Então, procuro pessoas que explicam para mim, que dão resumos, resenhas, dicas, macetes, e não me esforço para entender o material.
Antes de sair por aí buscando alguém que me explique de outro jeito, precisaria me debruçar em cima daquele livro, daquele áudio, daquele professor, daquele material que escolhi para estudar e tentar entender ele. Por quê? Porque esse esforço que faço de compreensão vai fazer com que absorva muito mais o conteúdo, vai fazer com que entenda de fato. Vou superar algum tipo de limitação que estou tendo dentro daquela estrutura de conteúdo, da forma que está sendo representada. Então, nos esforçamos pouco e essa falta de esforço é o que torna o estudo passivo, e queremos um estudo ativo.
Então, esforce-se para entender o que está acontecendo antes de sair procurando mais material e outros materiais. Muitas vezes, ali está explicado, se debruçar um pouquinho, consegue entender. E esse esforço que está fazendo é um exercício da mente, é uma ginástica mental, aumenta sua autoestima. Fica muito feliz quando entende o que está ali. Então, procure se esforçar para entender, não só ter contato, porque estamos tentando entender a matéria.
E as pesquisas, então, o melhor possível. Então, nesse momento, vou estar entre o material, pesquisar alguma coisa, montar uma anotação. Aí tem vários métodos, várias técnicas para isso, até que falo: “Entendi. Entendi o que é esse negócio, entendi essa fórmula, entendi esse conceito, entendi esse processo.”
Agora vou montar meu material de estudo.
E por que é importante que eu gere meu material de estudo, independente da técnica que escolher? No curso, falamos de mapa mental, flashcard, resumo de uma pessoa. Falamos das ferramentas. Mas por que é importante gerar seu material?
Porque é aí que está começando a digerir o negócio, porque vai usar agora suas próprias palavras para falar o que o fulano disse. Se fizer essa parte bem feita, nunca mais precisa voltar no livro. Está estudando na faculdade, aí começa a fazer esse processo, gera seu material. Vamos supor que monta os seus resumos em cima do material que está estudando lá na faculdade.
Se fizer bem e entender o que estudou, vai ficar legal. O material que vai montar vai ser bacana e fácil de entender. Isso porque tem suas palavras. Ele está estruturado do seu jeito de pensar, está numa ordem que faz até mais sentido para você. Nunca mais vai querer voltar no original, não vai precisar voltar no original, a não ser que tenha faltado alguma coisa ou que ainda tenha dificuldade em algum conceito. Aí volta lá no original.
O objetivo é que, quando gere seu próprio material, não precise mais voltar no livro. Isso é importante porque, não sei se já passaram por isso, mas quando não tem técnica e precisa voltar no livro para ver alguma coisa, perdemos um tempo. Aí sim, perdemos tempo. Por quê? Porque praticamente temos que ler tudo de novo e, até encontrar o que quer, você fala: “Renata, vai no índice.” Não vai no índice tudo.
O que quer, normalmente, o conhecimento é uma junção de coisas que estão espalhadas pelo livro, vai ter que ler tudo agora. Quando está vendo uma aula, acho inclusive mais difícil em vídeo aula conseguir recuperar um conteúdo do que quando está lendo. Você fala: “Não, está lá no início.” Quando vai ver, o início depois de meia hora.
Então, gere um bom material, use suas palavras, coloque na ordem que entendeu aquele conteúdo, e aí tem um material extremamente útil e produtivo para utilizar no nosso próximo passo, que é a fixação dos conteúdos, onde vai revisar. E vou revisar o quê? Vou assistir à aula de novo? Não.
Vou revisar o quê? Vou ler o livro de novo? Não. O que vai revisar? Seu material. Seu material não ficou bom? Não entendeu as coisas? Não colocou lá do seu jeito, com seus exemplos? Então, lá é onde vai revisar. Não vai mais voltar naquele conteúdo inicial porque não é necessário.
Então, o que é fixar o conteúdo? É revisar, fazer exercício, aplicar na prática. Normalmente, quando está estudando para o trabalho, estuda uma coisa e já aplica, nem precisa revisar tanto porque a aplicação do conteúdo é a melhor forma de apreensão. O problema é que, muitas vezes, estamos estudando para prova, para concurso, para faculdade, e não é todo conhecimento que vai aplicar.
Temos outras maneiras de fazer com que esse conhecimento fique fixo, e aí são sessões de fixação com as revisões. O que sempre aconselho, é fazer bastante exercício. Existem formas mais indicadas de fazer os exercícios, desde que esteja bem ativo e consciente da forma certa. Os exercícios ajudam, já servem muito como revisão.
Se fez um resumo, um mapa mental e vai revisar, o ideal é que não fique só lendo, que se levante, que dê como se fosse uma aula. Essa é uma técnica. Não pega simplesmente o papel e fica olhando para ele, porque isso é passivo. Como é que faz uma revisão ativa? Pega seu papel e fala: “Isso daqui eu botei por causa disso”, e tenta explicar.
“Esse conceito é isso.” Se puder falar em voz alta, se levante, use um quadro branco, e faça como se fosse uma aula mesmo, desenhe, faça piada, do jeito que achar melhor para poder ter uma revisão ativa. E aplicação prática seria melhor se puder levar esse conteúdo para um laboratório, se puder aplicar no seu cotidiano, no seu dia a dia.
Às vezes, vê, por exemplo, uma pessoa que estuda química. Está lá estudando química na faculdade ou no colégio, aí olha para uma coisa da casa dela, uma água sanitária, olha para um fermento, e fala: “Como é que isso é? Como é que aquele conhecimento funciona? Que elementos estão associados para montar a água sanitária?” É aplicar na prática, é tentar no seu cotidiano pegar aquele conhecimento e olhar.
A pessoa está em marketing, o que vai fazer? Vai olhar para um outdoor, vai ver uma propaganda e falar: “Nossa, como é que o cara fez? Será que ele pensou nisso, pensou naquilo?” E vai colocar na prática. São as formas mais eficientes que temos para fixar o conteúdo que fizemos.
Então, essas são as quatro etapas. Só dando uma revisada aqui, a primeira etapa é o contato inicial com uma matéria que não conhecemos. A segunda é entender. A terceira etapa é gerar o próprio material. E depois, a parte de fixação do conteúdo.
Então, isso é um passo a passo com umas ideias gerais de como tornar o seu estudo ativo.
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